Saúde Mental de forma leve!

A Psiquiatria é uma especialidade médica que trata as alterações disfuncionais do comportamento, pensamento e emoção humanas. O psiquiatra é um médico que se especializou na avaliação, identificação, diagnóstico e tratamento de transtornos mentais como: ansiedade generalizada, depressão, ansiedade social, bipolaridade, estresse pós-traumático, estresse agudo, esquizofrenia, autismo, outros transtornos de humor, etc.

Quando os problemas de ordem emocional passam a interferir de forma recorrente nas atividades rotineiras da pessoa, gerando grande sofrimento ou mesmo prejuízo no funcionamento social (com outras pessoas), familiar, laboral e pessoal, tem-se um ponto de alerta.

Na primeira consulta, o psiquiatra pergunta ao paciente o que o levou até ali. Além disso, pede informações sobre ele e seus hábitos, como por exemplo: histórico de transtornos mentais na família, trabalho e relacionamentos, existência de outras doenças, medicamentos em uso, uso de substâncias, hábitos de alimentação e de atividade física, qualidade do sono. Esses detalhes são importantes para que o médico entenda o paciente e possa fazer, junto com ele, um melhor planejamento de tratamento individualizado.

Infelizmente essa percepção errônea da profissão é muito difundida. Não é de hoje que ouvimos falar que psiquiatra é “médico de louco”, o que além de constituir uma psicofobia, é prejudicial para as pessoas que precisam desse suporte, uma vez que muitas deixam de procurar ajuda por medo de serem julgadas. Então quero deixar bem claro que psiquiatra é médico da saúde mental, e “loucura” é precisar de ajuda e não aceitar.

Quando o médico psiquiatra deve ser procurado? Assim como o nosso corpo físico adoece, nossa mente também pode adoecer. São alguns sinais de que podemos precisar de ajuda especializada, em especial se há sofrimento ou prejuízo em alguma área de sua vida: 1. Alterações frequentes e/ou intensas no humor; 2. Mudanças no padrão de sono; 3. Perda de interesse por atividades que antes eram prazerosas; 4. Irritabilidade; 5. Mudanças no apetite; 6. Dificuldade de concentração; 7. Sensação de estar “em alerta” ou “em perigo” o tempo todo; 8. Ouvir ou ver coisas que outras pessoas não vêem ou ouvem; 9. Impulsividade incontrolável com compras ou com uso de drogas; 10. Problemas nas relações interpessoais, entre outros. O adoecimento mental existe e não é, de forma alguma, um sinal de “fraqueza” ou de “falta de Deus” ou de “falta de trabalho”, ou de que “você não é bom” ou de que “é inferior aos outros”. Pelo contrário: demonstra que você foi forte e suportou o quanto pôde, mas que agora precisa de ajuda.

O transtorno mental não tem fator causal único. Aspectos genéticos, ambientais e psicológicos atuam concomitantemente em cada pessoa, aumentando ou reduzindo a predisposição dela para um determinado transtorno. Por isso as especialidades em saúde mental são tão complexas! Além disso, precisamos considerar e aceitar que o cenário pandêmico contribuiu consideravelmente para agravar as condições prévias, além de gerar novos quadros de distúrbios mentais. Durante a pandemia, fatores como as perdas humanas e financeiras, assim como os desafios de novas rotinas, serviram de gatilho para piorar a saúde mental coletiva.

A Psicologia costuma olhar para as questões psíquicas pela perspectiva social, de interações, filosófica, cognitiva e comportamental do indivíduo, buscando compreender as causas e as respostas dele. A Psiquiatria atua pela visão médica, identificando sinais e sintomas prévios e presentes no momento da consulta, para assim construir uma hipótese diagnóstica dos transtornos e com isso planejar um projeto terapêutico, que pode incluir (mas nem sempre inclui) o uso de medicamentos adequados. O psiquiatra é o profissional capacitado para prescrever uma medicação, e isso não só não exclui como torna obrigatório o fato de que ele OUVIR, com tempo, o paciente. Ele trata as pessoas que passam por algum transtorno, e esse tratamento pode ou não incluir alguma medicação.

Os dois! Geralmente, o médico psiquiatra é o profissional que faz o diagnóstico do transtorno de ansiedade, podendo exigir, ainda que por um tempo limitado, o uso de medicamentos e/ou psicoterapia. O que uma pessoa sente quando está com “crise” de ansiedade? Alguns sintomas mais comuns de “crises” de ansiedade são: palpitação ou desconforto no peito; aceleração da pulsação e respiração; sensação de falta de ar, sufocamento ou desmaio; suor; tremores; formigamentos; náuseas;

Alguns sintomas mais comuns de crises de ansiedade são: palpitação ou desconforto no peito; aceleração da pulsação e respiração; sensação de falta de ar, sufocamento ou desmaio; suor; tremores; formigamentos; náuseas;

Os dois! Há, inclusive, vários trabalhos na literatura mostrando uma melhor resposta na associação desses tratamentos do que no uso de uma só modalidade por vez, em especial em casos moderados a graves. A depressão é tratada principalmente por médicos e psicólogos. Dos médicos, você pode procurar pelo clínico geral, pelo generalista, pelo médico de família ou pelo psiquiatra (médico com foco em transtornos mentais), para que seja feito um correto diagnóstico do problema e de sua severidade e, então, recomendados os tratamentos mais adequados para cada pessoa.